África: indicadores e mapa de um continente marcado pelo flagelo e exploração

Prof. Msc. Alyson Bueno Francisco

A África possui os piores indicadores sociais do mundo e ainda hoje sofre com os flagelos impostos pela repartição de seus território pelo neocolonialismo europeu do séc. XIX, cujo configuração territorial imposta na Conferência de Berlim em 1850 agregou grupos étnicos rivais numa mesma nação que iria adquirir sua independência no pós-Guerra e seria assolada por guerras civis entre estes grupos. Apesar da diversidade natural, seus recursos naturais são explorados sem conscientização como podemos citar as atividades de mineração que além de promoverem danos ambientais irreversíveis favorecem a luta armadas em inúmeros casos entre intermediários para que as pedras preciosas cheguem ao mercado internacional. Os melhores indicadores de desenvolvimento humano do continente são apresentados pelos países exportadores de petróleo como a Líbia, Argélia, Gabão e Egito, cujos petrodólares são revertidos em investimentos públicos em saúde, educação, moradia e infraestrutura, e os piores índices em países da África Ocidental e do chamado Saharel, zona com processo de desertificação. O mapa da figura 01 mostra a distribuição do IDH no continente africano.

 Figura 01 - Mapa do Índice de Desenvolvimento Humano na África. Org: Francisco (2013).

Os investimentos em qualidade de vida provenientes de ajudas externas e dos lucros com a exportação de petróleo e minérios possuem comparações muito próximas em relação à expectativa de vida. Em contrapartida o avanço da difusão do vírus HIV no porção meridional da África está reduzindo esta expectativa de vida principalmente nas regiões onde as condições básicas de saúde não chegam à população. O mapa da figura 02 mostra a distribuição das taxas de expectiva de vida no continente africano.

Figura 02 - Mapa da expectativa de vida na África. Org.: Francisco (2013).

A difusão do vírus HIV no continente africano, principalmente na porção meridional em países como África do Sul, Botsuana, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique possui como causas a falta de assistência médica, as transfusões de sangue em decorrência do tratamento da malária, a sociedade patriarcal que impõe o privilégio das vontades sexuais masculinas com a prática de poligamias e rituais tribais em regiões remotas sem qualquer assistência médico-hospitalar, a migração masculina induzida por atividades mineradoras e o êxodo rural com falta de saneamento básico nas cidades. O mapa da figura 03 mostra a taxa de infectados pelo vírus HIV nos países africanos.

 Figura 03 - Mapa da taxa de incidência do vírus HIV na população adulta na África.
Org.: Francisco (2013).